CONVERSANDO COM MEU EU DE 16 ANOS
Porque, quem nunca?
Se você pudesse se encontrar com seu eu adolescente por alguns minutos, o que você diria?
Fiquei pensando nesse cenário esses dias.
Não sei se porque andei maratonando muitas séries adolescentes nos últimos dias ou se porque andei fazendo algumas artes do meu livro Desvio no Caminho, que é literalmente uma história sobre uma viagem no tempo de volta ao eu adolescente da protagonista e sobre a oportunidade de mudar ou não coisas no passado para alterar o futuro.
Mas a questão é que estava com alguns conflitos internos e muitas reflexões pairando na mente por causa dos muitos livros e processos de autoconhecimento nos quais tenho embarcado nos últimos dois anos e fiquei voltada a esse paradoxo com meu eu adolescente e pensando nessa pergunta.
Acho que todos nós gostaríamos de poder dar alguns conselhos para nós mesmos, especialmente para nossos eus adolescentes, mas a verdade é que conselhos não constituem atitudes.
Pensei em várias coisas que poderia aconselhar ao meu eu adolescente, mas ainda assim, talvez fizesse tudo exatamente igual (possível spoiler de Desvio no caminho? Ou será?), porque esses conselhos não afastariam meu medo de rejeição, minha necessidade de agradar os outros e meu tempo para reconhecer essas crenças limitantes e lidar com elas.
Melhor parar e aconselhar meu eu atual a não esquecer de colocar os conselhos em prática ao invés de ficar remoendo momentos passados que não posso mais mudar.
Melhor mudar meu eu atual e seguir em frente mais sábia, mais ativa e mais consciente, do que desejar essas coisas para meu eu do passado.
No final da minha reflexão, o que mais pensei foi que deveria dizer ao meu adolescente que apesar de todos os erros, de todos os lamentos, das oportunidades perdidas e chances desperdiçadas por puro medo e vergonha, sou uma mulher de 39 anos alegre, positiva, obstinada, trabalhadora, mãe de uma filha que me inspira todos os dias a ser minha melhor versão e que tenho mais de seis livros publicados!
Querida eu adolescente, você cresceu e está fazendo coisas extraordinárias com as quais apenas sonhava e ainda fará muito mais! Então, eu adolescente, eu atual, todas as versões de mim, só continue a nadar porque vale muito a pena!
Que você também consiga ter essa conversa com todas as versões de você, que são extraordinárias, acredite!
P. S. - Se você também curte séries adolescentes e quiser confabular, estou sempre à disposição!
Sobre o meu livro Desvio no Caminho:
Sinopse: Em um momento de crise, Elena volta ao passado e fica presa num loop temporal no dia 14 de julho de 2000. Forçada a reviver o mesmo dia da adolescência, confia seu segredo à melhor amiga, Ana. Juntas, tentam descobrir como transpor a barreira do tempo e levá-la de volta à sua realidade.
Quando nada mais parece fazer sentido, as peçam começam a se encaixar e Elena precisa entender como uma viagem ao passado pode afetar seu futuro!
No dia 07 de março tomei um café com a Nat no canal dela no YouTube, Que tal um café? Foi um bate-papo apaixonado sobre livros, escrita e afins.
Confiram e deixem uma curtida pra essa dupla de autoras independentes pra nos incentivar a continuar contando nossas histórias! E já aproveitem pra se inscrever no canal da Nat pra ficar por dentro dos conteúdos incríveis que ela divulga por lá!




Amei! Eu costumo pensar que não mudaria o passado, porque foi através dos erros e acertos que me tornei quem sou hoje. Então não me arrependo, pois tenho orgulho de tudo que me formou e dos momentos em que apesar dos caminhos tortos acabei chegando onde queria.
Eu nunca voltei tanto ao passado, mas falar com a minha eu mais nova virou uma tradição por aqui, nos meus aniversários. Todos os anos, no dia 15 de novembro, eu escrevo uma carta sobre meu momento atual, meus medos e angústias. Essa carta eu só irei ler no próximo 15 de novembro.
Além de ser uma experiência incrível escrever para "alguém do futuro", quando eu leio a carta do ano anterior, sempre mexe muito comigo. Abro os olhos para erros que continuo insistindo e sempre me orgulho da minha trajetória.
Além da carta, também faço uma lista de XX coisa para me desafiar no ano seguinte. A quantidade de coisas novas é sempre a mesma de anos que estou completando. É outro desafio para a Náthali do futuro que vejo refletir nas cartas que escrevo.